A difícil, porém não impossível missão dos psicólogos infantis

Ola gente, boa tarde.

Hoje vou falar sobre um tópico que sempre vi em relação aos psicólogos infantis, tanto os que trabalham em clínica quanto os que trabalham em alguma escola ou instituição que lide com crianças.

Ressalto que não sou psicólogo infantil e nunca lidei em "ambiente psicológico" com crianças, no máximo, frequentei o mesmo local, então, caso algum psicólogo infantil ache algo errado em meu texto,fique á vontade para corrigir!!!!

Bom, é o seguinte. O trabalho de um psicólogo infantil, pelo que vi, é lindo e extremamente necessário, pois, ele consegue aliar seu conhecimento á prática de lidar com uma criança. É nessa fase da vida que a pessoa está formando sua personalidade, então, é extremamente essencial que ela cuide de sua mente para tornar-se um adulto bem desenvolvido. A maioria dos transtornos mentais que as pessoas apresentam na idade adulta, formam-se quando são crianças ou adolescentes.

Crianças são seres muito vulneráveis que dependem extremamente de sua família para tomarem conta de si. Não existe autonomia nessa fase da vida. A ingenuidade da criança faz com que ela busque o carinho e proteção de seus progenitores. O problema nessa questão é quando seus progenitores( ou cuidadores adotivos) possuem traços em sua personalidade que atrapalham o desenvolvimento dessa criança, sendo proposital ou não.

Há crianças que realmente precisam de tratamento, como algumas com tdah(Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), depressão, ansiedade, questões de alienação parental, separação dos pais, etc....

Porém, existem as que não possuem nada, além de um desejo imenso dos pais de manipulá-las para serem uma extensão de sua vida , ou, utilizarem-nas como uma fonte de "descarga emocional".

Com isso, um dos progenitores busca um psicólogo e começa a relatar questões do filho(a) falando que este apresenta "problema de comportamento". É uma das coisas mais comuns de se ouvir dos pais(ou cuidadores) em consultório.

Geralmente a primeira consulta é feita com quem leva a criança para o atendimento. Só depois dessa consulta, que pode ser mais de uma, dependendo do caso( as vezes o relato de quem leva a criança é grande e é necessário colher mais dados para fazer uma boa anamnese do caso, então, o psicólogo marca mais de um atendimento para o cuidador que levar o filho(a) ao consultório) a criança será atendida.

Porém, nesse atendimento com o progenitor ou cuidador que levou a criança, o psicólogo(a) nota que a questão é mais ligada ao próprio progenitor(a) do que á criança em si. Há muitos pais com questões ruins em sua vida que não conseguem enxergá-las e jogam isso para a sociedade. Alguns por maldade e outros por não compreenderem que a questão em si está dentro deles.

Quando esses casos acontecem, e não são raros de acontecer, o psicólogo possui 2 caminhos. O primeiro é conversar com os pais e fazê-los pensar sobre o motivo de levarem a criança ao atendimento, fazendo-os refletirem se não é um problema que está dentro deles ou se é algo relacionado á uma falta de diálogo entre pais e filhos. Para isso, é necessário que o psicólogo(a) que perceber isso tenha muito "jogo de cintura" para lidar com a situação. Precisará ter uma personalidade muito flexível e calma para lidar com todos os tipos de pais que aparecem em consultório. Isso já não é algo fácil de ser feito.

Por outro lado, há os pais que possuem uma personalidade perversa( inclinando-se á narcisismo ou psicopatia) que, de certa forma, manipulam, desprezam ou agridem os filhos de alguma forma. Nesse caso, o psicólogo mais experiente poderá verificar isso e fazer uma denúncia de maus-tratos no conselho tutelar, que averiguará a situação.

Quando é violência física, é mais fácil de ser verificada. Porém, quando ocorre a violência psicólogica, é mais difícil, pois, além de ser algo mais difícil de provar do que o abuso físico, pois, não deixa marcas externas, pode ser algo do imaginário da criança. Caso não seja, precisará ser feita uma investigação imensa com essa criança e os pais. Se os pais forem "abusadores propositais"( personalidades com tendência á psicopatia/narcisismo perversos como dito acima), tenderão á esconder esses abusos. Geralmente mostrarão ter uma personalidade avessa ao que realmente são, deixando bem ocultos esses traços perversos da personalidade. Além disso, a criança geralmente não conseguirá entender que está sofrendo esses abusos, pois, em sua mente, como não possuem muito contato com o mundo externo e com famílias consideradas "normais", tenderá á pensar que seu meio familiar é normal e interpretará esses abusos como algo comum.

Porém,verificada e confirmada a questão de algum abuso, aparece outro grande problema, que é o motivo do texto.

Se o(a) profissional denunciar ,pode sofrer um processo ou até ficar mal falado, pois, quando a pessoa possui esses traços de psicopatia/narcisismo perverso, ela tende á ter um papel social excelente para a sociedade e, em casa, mostra sua verdadeira personalidade(papel social é a máscara que as pessoas vestem para viver em sociedade, algumas necessárias e outras para encobrir uma personalidade perversa). Ou seja, não será fácil provar a denúncia feita.

Se ele(a) aceitar a situação e nada fizer, estará agindo de forma anti-ética. Estará sofrendo coerção e possivelmente apresentará muito medo de denunciar ou pode ser apenas um(a) canalha que pensa só no dinheiro.

Concluindo, ser psicólogo infantil é algo muito enriquecedor, pois ajuda crianças que geralmente são seres vulneráveis e ingênuos á lidarem com seus problemas de forma melhor , porém, pode ser um tiro no pé ao lidar com pais com características relacionadas acima, que tendem á ser bem manipuladores e persuasivos!!!!!!

Nesses casos, é muito necessário que a pessoa se prepare para exercer essa profissão e estude muito bem o manual de orientações do Conselho de Psicologia, conheça questões relacionadas á área jurídica, forme alianças com outros profissionais da mesma área para ter apoio nessas horas e sempre atue pensando na prevenção de danos á seu trabalho para não ter problemas legais nesses tipos de caso.

Torço para que o trabalho dos profissionais dessa área seja sempre enriquecedor e produtivo, tanto para eles quanto para seus pequenos pacientes!!!

Agradeço a leitura e fica essa reflexão para ser feita.

Boa tarde!!!!

fonte das fotos:
https://blog.livrariaflorence.com.br/psicologia-infantil-5-maneiras-de-descobrir-se-seu-filho-precisa-de-um-psicologo/