Atraso americano na corrida pelo 5G: juridicismo ou rito democrático?
Um membro de um grupo de finanças e empreendedorismo do qual participo colocou sua dúvida de se a acusação contra a empresa de telecom Huawei não seria uma invenção dos Estados Unidos para esconder uma suposta ultrapassagem pela China comunista no desenvolvimento da tecnologia 5G. E arrematou entregando desconhecer o assunto: “até agora não tem (sic) nada provando isso (espionagem)”. A seguir, a íntegra de minha resposta.
Existem muitas provas da ciberespionagem empreendida pela Huawei, tanto assim é que a corporação já se encontra banida de vários países por questão de segurança nacional, como EUA, Austrália, Japão, Nova Zelândia, e está sob investigação em pelo menos outros dez. O problema dos Estados Unidos tem sido a corrida jurídica pelas patentes da invenção, enquanto os chineses têm focado na tecnologia em si para chegar primeiro no mercado. Mas quem se antecipou mesmo foi a Coreia do Sul, primeiro país a de fato lançar o 5G, faz dois dias. Possivelmente, uma lição sobre o juridicismo ou excesso de burocracia na América, um desvio de finalidade e de foco.
Por outro lado, na China da burocracia onipresente do PCC, a propriedade intelectual, na prática, não existe, e é roubada “na mão grande” (de sua própria gente e de países livres) para as finalidades totalitárias do Partido, como espionar (seus cidadãos e) o mundo. Então temos um paradoxo: também desta vez, ela não largou na frente por ter liberdade e pensar nos seres humanos, mas por ter uma sanha muito peculiar, de controlar o mundo (no sentido Gestapo do termo) — enquanto, na terra da liberdade, a livre concorrência resultou num impasse jurídico, que atrasou seu natural e esperado pioneirismo.
No entanto, como na fábula ‘A Lebre e a Tartaruga’, não importa quem larga na frente, mas quem vence a corrida. Porém, o caso certamente nos traz a interessante reflexão sobre as consequências de um provável formalismo excessivo, extremismo legal e distorção conceitual do legítimo princípio de propriedade intelectual (em substituição ao bom senso, ou ao “consenso”) que termina por negar o próprio direito, ou objeto de tal direito, e prejudicar a todos como nação, ou seja, como gênios que jogam no mesmo time.
É outra vez a burocracia? Ou seriam apenas as saudáveis e desejáveis imperfeições da sociedade livre, que, a despeito de maior rito (e antes que uma ditadura), a tornam fértil, plural, próspera e inovadora? É para se pensar.
Acrescente-se: não foi a China comunista que inventou a Quinta Geração de internet móvel (5G) — ela, para variar, só a tem copiado. Sorrateiramente e para fins inconfessáveis.
Conclua-se: a Huawei Technologies Co., fundada pelo ex-engenheiro do Exército de Libertação Popular do regime comunista chinês Ren Zhengfei (CEO), coautora do sistema de telecomunicações da organização terrorista afegã Talibã, de Osama bin Laden, bem como do sistema orwelliano total de inteligência artificial, reconhecimento facial, monitoramento e crédito social da nação mais populosa e massacrada do enredo humano, não espiona, apenas quer participar do livre mercado e brindar sua contribuição à sociedade — pode acreditar.
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