Primeira-Ministra Finlandesa Defende Semana De Trabalho De Quatro Dias E 6 Horas Diárias
Há uns anos um amigo meu com ligações partidárias ao PS, confidenciou-me que chegou ao gabinete de um ilustre deputado, um estudo que apontava para a redução da carga horária dos funcionários públicos. Tal serviria de bitola para o setor privado. Como é percetível esse estudo ficou na gaveta, mas nele era possível constatar o enorme benefício económico que traria, pois as famílias teriam mais tempo para o lazer e como tal o consumo interno iria aumentar. E já nem falo no aumento de produtividade e felicidade dos trabalhadores que ficou provado em experiências recentes.
De repente fiquei com uma enorme vontade de ser finlandês, ou mudar-me para lá...
O segredo para a felicidade está nas semanas de quatro dias de trabalho? A Finlândia acredita que sim
Vários estudos apontam que se se reduzir a duração da semana de trabalho a produtividade aumenta. Por exemplo, na Suécia esta medida já é usada desde 2015, recorda o Jornal de Negócios; também no Reino Unido há empresas que já a adoptaram. Em Agosto, a Microsoft no Japão testou a semana de quatro dias e a produtividade cresceu cerca de 40%. Na Austrália, em Melbourne, uma empresa descobriu que um dia de trabalho de seis horas obrigava os funcionários a eliminar actividades improdutivas, como enviar e-mails inúteis ou participar em reuniões intermináveis, enumera o Guardian.
A medida pode ainda ser boa para o ambiente. É que uma semana mais curta pode ser sinónimo de menos produção de emissões de carbono, na utilização dos transportes, por exemplo; ou até na utilização de menos plástico, o das embalagens de comida.