Becos de Lisboa (PT) Poema por Pedro Estadão
Becos de Lisboa
Nos becos escuros
Dançam destinos
A guitarra chora
Não tocam os sinos
O vinho encoraja promessas vazias
Lisboa suspira nas suas agonias
Nas tabernas cantam
Segredos da alma
Bandidos que amam
A última calma
No fado está a dor que não mente
Ecoa a saudade de um tempo ausente
De calçada em calçada
Tropeço em pecados
A sombra calada
Os passos errados
Copos de vinho tingem a história
Mas há um custo por tanta vitória
A guitarra desafina
Sem arrependimento
O violino ensina
O pranto do momento
Descendo a colina
Com a alma desfeita
Nesta má vida
Remorso me espreita
Lisboa de amores perdidos
Dos copos quebrados
Dos versos esquecidos
Na noite boémia
Achei-me sozinho
por Pedro Estadão, Shifnal, UK, 06.09.2010
@hefestus 18.03.25